Justiça nega exame de sanidade mental para pai que matou filha de três anos e abandonou corpo em carro no Paraná

  • 26/12/2024
(Foto: Reprodução)
Na audiência de custódia, juíza entendeu que Diego Souza teve integridade mental para cometer os crimes. Ele também atirou contra a ex-companheira. g1 aguarda resposta da defesa de Diego. Durante depoimento, Diego disse que cometeu os crimes por estar em "surto". Reprodução - RPC A Justiça não aceitou o pedido de laudo de sanidade mental solicitado pela defesa de Diego Souza em audiência de custódia. O homem de 33 anos matou a filha, de três, e abandonou o corpo dela em um carro em Londrina, norte do Paraná. Ele também atirou contra a ex-companheira. ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram A decisão acontece após Diego alegar, em depoimento ao delegado, que teve um surto no momento que praticou os crimes. " Foi coisa que passou na minha cabeça na hora. Sim, me arrependo bastante, mas não estava [premeditado]… O meu plano primário era eu me matar, eu não suportava a ideia dela [a filha] ficar longe de mim e ficar com outro pai", disse Diego em depoimento. No auto da prisão em flagrante, a juíza Eveline Zanoni de Andrade declara que "não há, neste momento, pelo Juízo, dúvida sobre a integridade mental do autuado". O crime aconteceu na segunda-feira (23). O homem foi preso em flagrante horas depois e a prisão foi convertida para preventiva, após pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ao g1, a defesa de Diego informou que irá solicitar consulta com médico psiquiatra, além de entrar com pedido de habeas corpus. O homem já histórico criminal, com passagens por estupro de vulnerável e violência doméstica, cometidos contra outras mulheres. Ficha criminal de homem que matou filha é extensa Leia também: Luto: Três socorristas e um paciente morrem em batida entre ambulância e caminhão no Paraná VÍDEO: Carro capota e atinge cães e casa no Paraná; cachorro de estimação morreu, homem ficou ferido e por pouco família não foi atingida 'Uma ceia totalmente diferente': Socorrista passa a noite de Natal com jovem que ficou com a 'coluna travada' no Pico Paraná Como foi o crime Na segunda-feira (23), Diego foi até o condomínio em que a ex-companheira mora para entregar a filha do casal, de três anos. Ele e a menina passaram o final de semana juntos. Ao chegar, de acordo com o depoimento da vítima, Diego disparou contra a filha e, em seguida, atirou contra a mulher. Ela relatou também que fingiu estar morta para que ele parasse de atirar. Diego, então, fugiu. O carro com o corpo da menina foi encontrado na Rua Ângela Munhoz Moreno. Buscas pelo homem foram feitas pela Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar. O homem, que confessou o crime em depoimento, foi encontrado em um bar e recebeu voz de prisão. A ex-companheira foi levada ao Hospital da Zona Norte de Londrina e recebeu alta médica no mesmo dia. Os ferimentos foram de raspão. Diego deve responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão. MAIS SOBRE O CASO: Ex-companheira fingiu estar morta para sobreviver a ataque do homem que confessou matar filha, no Paraná Menina de três anos morta pelo pai gostava de passar finais de semana com ele, diz delegado: 'Mãe relatou que a criança adorava ele' Criança foi encontrada morta dentro do carro. Patrícia Pivetta - RPC Histórico de violência A ex-companheira de Diego disse ao delegado que os dois ficaram juntos por sete anos. Eles se separaram quando a filha completou 45 dias de vida. "Eu descobri que ele era usuário de drogas", falou na oitiva. Diego negou em depoimento que usasse drogas. À polícia, a vítima disse que cerca de um mês e meio antes do crime Diego tentou agarrá-la dentro de um hospital, onde estava acompanhando a filha após uma cirurgia. Entretanto, o comportamento violento não era comum, de acordo com ela, e não foi registrado boletim de ocorrência. Ciclo da violência: Saiba como identificar Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná Ao ser preso, o homem disse que "se sentiu no direito" de cometer os crimes. A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy, em entrevista à RPC. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias do g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2024/12/26/justica-nega-exame-de-sanidade-mental-para-pai-que-matou-filha-de-tres-anos-e-abandonou-corpo-em-carro-no-parana.ghtml


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